No dia 10 de dezembro de 2023 ocorreu a cerimônia de premiação do Concurso Escuta Poética da UFRR (Universidade Federal de Roraima), tive a felicidade de ver o poema “Nos Humanos Corações” figurar em terceiro lugar.
No edital em relação ao texto a ser apresentado constava: “que os participantes compartilhem histórias reais vividas em qualquer parte do estado de Roraima no formato de poesia com descrição da situação em questão e também do lugar que possa ser identificado como parte da localidade”.
Esta será a primeira vez que compartilho parte do processo de construção de um texto, escolhi três assuntos na construção do texto:
• |
A lenda indígena de Roraima do nascimento de Makunaima e a árvore de todos os frutos (wazaká); |
|
• |
A yanomami de 12 anos que foi assassinada depois de ser estuprada por garimpeiros, além disso,
um yanomami de 4 anos foi morto pelos garimpeiros; |
|
• |
A lei 1.701/2022 sancionada pelo governador Antonio Denarium que proibia os órgãos ambientais de fiscalização
e a Polícia Militar de destruir ou inutilizar bens particulares apreendidos em operações ambientais no estado,
o STF arbitrou a inconstitucionalidade da lei. |
Tenho como princípio não abrir o processo de construção textual pelo qual faço minhas criações, aqui, abro uma exceção.
https://antigo.ufrr.br/prae/ultimas-noticias/3700-prae-divulga-resultado-final-do-premio-escuta-poetica
Contato: paulinosistemas@hotmail.com
Outros links:
http://paulinoalexandreletraseverbos.blogspot.com/
https://alexandrepaulinoxadrez.blogspot.com/
https://www.facebook.com/paulino.alexandre.75/
https://www.youtube.com/c/AlexandrePaulinoArteeCultura
@alexandrepaulinopoeta
#AlexandrePaulinoPoeta #AlexandrePaulinoRadialista #ProfessorAlexandrePaulino #CasArteMarginal #Sarau #Rádio #WebRadio #ArteMarginal #OutrosPoetas #LiteraturaMarginal #LiteraturaPeriferica #LiteraturaBrasileira #LiteraturaNacional #PoetasContemporaneos #Poesia #Poema #Arte #Literatura #Love #Livros #Cultura #Leitura #Ler #SãoPaulo
Nos Humanos Corações Numa noite repousada, num ontem tão distante, Por sobre a eternidade do Monte Roraima O Sol se recusou a chegar E, A Lua se recusou a ir. Ambos deitados por sob a manta estrelada do céu. Brincaram com os segredos da vida. Deste amor floresceu Makunaima o guardião da Wazaká. Dela, todas as cores, todos os sabores, todos os aromas... Dela, sementes sem fim, o germinar sem fim, a vida sem fim... Dela, o acarinhar da natureza, o nutrir da vida, o emanar a força da floresta... Makunaima o seu guardião, sem distinção, compartilhava a força da floresta. Mas, Por que só Makunaima? Por que só ele e a árvore de todos os frutos? Por quê? Todos queriam da árvore. Todos queriam a de todos os frutos. E, todos tomaram de seus frutos. E, todos brincaram de Makunaima. Makunaima em tristeza face a vileza Wazaká em pedra tornou. Makunaima em tristeza face a ignomínia adormeceu no coração da floresta. Makunaima em tristeza adormeceu no coração de todos os homens. No hoje, após tantas e, tantas e, tantas luas. No hoje, após tantos e, tantos e, tantos denários. Os brancos homens derrubam as filhas e irmãs de Wazaká. Esquecendo dos valores ancestrais Assassinam a floresta e seus filhos e suas filhas Em busca da força obscura dos denários. Por denários sem fim, O genocídio vem abraçando o etnocídio dos filhos de TI. Por denários sem fim, E ela só tinha doze anos, uma filha da floresta, uma filha de Aracaçá. Doze anos, e o sofrimento bateu em suas portas, em todas as suas portas. Doze anos, e a lasciva dor alimentou-se de suas carnes, de todas as carnes. Doze anos, e ela e seu irmão no além velam por nós. Por denários sem fim, A lei do branco homem Vem protegendo seus brinquedos de morte. A lei do branco homem Vem limitando a vida dos filhos e filhas da floresta. A lei do branco homem Vem retirando a floresta dos filhos e filhas da mata. A lei do branco homem Vem matando a floresta para dela extrair o ouro rubro-escarlate. Por denários sem fim, Até que, Makunaima desperte no coração da floresta. Por denários sem fim, Até que, Makunaima desperte no coração de todos os humanos. Por denários sem fim, Até que, Todos os humanos se transformem em Makunaimas. Por denários sem fim, Até que, Todos os humanos sejam guardiões da floresta. |
Sou grato ao universo pela oportunidade de compartilhar meus rabiscos.
Os 20 primeiros colocados no concurso comporão um e-book, assim que ficar disponível compartilho aqui.
Contato: paulinosistemas@hotmail.com
Outros links:
http://paulinoalexandreletraseverbos.blogspot.com/
https://alexandrepaulinoxadrez.blogspot.com/
https://www.facebook.com/paulino.alexandre.75/
https://www.youtube.com/c/AlexandrePaulinoArteeCultura
@alexandrepaulinopoeta
#AlexandrePaulinoPoeta #AlexandrePaulinoRadialista #ProfessorAlexandrePaulino #CasArteMarginal #Sarau #Rádio #WebRadio #ArteMarginal #OutrosPoetas #LiteraturaMarginal #LiteraturaPeriferica #LiteraturaBrasileira #LiteraturaNacional #PoetasContemporaneos #Poesia #Poema #Arte #Literatura #Love #Livros #Cultura #Leitura #Ler #SãoPaulo