sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Antologia Sarau Poesia de Esquina de Volta ao Ninho

Alexandre Morais Paulino
Esquerda: Capa do Livro; Direita Click de Duilio Coutinho (Punky A Lenda)

Conheço a Sara Vieira há um bom tempo, conheço o trabalho do coletivo Poesia de Esquina também há um bom tempo, já tive o prazer, por mais de uma vez, de participar do Sarau Poesia de Esquina, que normalmente ocorre no Parque do Ibirapuera, um dos meus locais favoritos nesta Sampa, mas esta é ou são outras histórias.

Foi para mim motivo de alegria e honra quando a Sara entrou em contato me convidando para integrar o Livro Sarau Poesia de Esquina de Volta ao Ninho.

“E agora, José, a Poesia de Esquina completa seta anos? Esse ninho, que nasceu entre as frondosas Árvores do Parque do Ibirapuera, planta suas sementes em tantos corações, firmou suas raízes em múltiplas esquinas, [...], e tem por sina ser Coletiva e Literárias, parindo mais uma vez, como o faz nesses anos prósperos de sua existência. Nasce mais um filhote desse ninho: um livro cheio de voadores de ideias, ou poetisas, poetes e poetas. [...]”

Fragmento do prefácio do livro Escrito por Raiz Oliveira.


Passarins

Taciturnos transeuntes vertem-se em equilibristas
Do meio fio da calçada.
Equilibram-se por entre abismos sociais.
Mesclam-se ao cinza do concreto
Da cinza selva de pedra.
Por sobre suas cabeças
Revoada de passarins multicores das esquinas,
De seus bicos ouve-se
O murmúrio da poesia:
Libertem-se de suas translúcidas correntes
E, metamorfoseiem-se em passarins das esquinas.
E, plantem flores no coração da selva de pedra.
E, libertem a criança-passarim acorrentada dentro de ti.
E, transmutem o cinza do concreto em explosão multicor.

Transeuntes taciturnos vertem-se em malabaristas
Do cotidiano, do dia a dia, das catacumbas...
Seguem vivos-mortos pelo palco da vida.
Seguem subjugados pelos escravocratas da moderna vida.
Seguem garantido os ditames da mão invisível a pairar por nós.
Seguem com seus malabares, a dor.
Seguem com seus malabares, o baixar da cabeça.
Seguem com seus malabares, a chibata a romper o fio da esperança.
Seguem com seus malabares na longa fila,
Que leva a todos até o fim da fila.
Até o fim dos tempos.
Fim dos tempos.
Do seu Tempo.
Seu Tempo.
Sua vida...



PAULINO, Alexandre Morais. Poema: “Passarins”. CAMARGO, Sara Vieira (Org). “Sarau Poesia de Esquina de Volta ao Ninho”, pag. 10. Editora Chapa na Ideia. São Paulo. 2024.



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