domingo, 25 de agosto de 2013

Love a História de Lisey

Adaptação de Silvana Mattievich sobre design original de Hauptmann & Kompanie

Autor: Stephen King
Tradução: Fabiano Morais
Editora: Editora Objetiva Ltda

          Até onde vai o amor? Será que ele é capaz de transpor os limites da realidade? Será que ele é capaz de transpor os limites da morte? E a inspiração, o que faz uma pessoa se transformar em um grande escritor, será que a inspiração é mais que a magia invisível que move nossa imaginação, será que ela é um dom ou uma maldição. Neste livro esses elementos se misturam e formam a trama de um livro delicioso, desses que nos convida a viajar pelo mundo fantástico de um homem estranho e as marcas que ficaram depois da sua partida.

     Lisey é a esposa desse grande escritor que se foi, a memória de um grande amor, a saudade, as lembranças, os manuscritos não publicados, o assédio dos estudiosos da sua obra, um fã psicopata, uma irmã “meio louca”, um mar de fãs que admiram sua obra, uma vasta fortuna, histórias malucas de uma família muito mais que maluca e a chave para um mundo mágico e perigoso, esses são os elementos de sua herança, é com eles que ela tem que lidar, são eles que irão fazer cada leitor embarcar em um livro que pelo menos a mim prendeu, envolveu e que não fui capaz de largado até seu fim. 

       Este é o primeiro livro que leio de Stephen King, que teve tantos livros transformados em filme; A Tempestade do Século; Um sonho de Liberdade; A Espera de um Milagre, são alguns exemplos que despertaram em mim curiosidade e interesse. Ele é considerado como um dos mestres do terror/suspense, neste livro sua fama é confirmada com louvor ficando um gostinho de quero mais.

domingo, 18 de agosto de 2013

Noite Fria.

Foto montagem de imagens obtidas na net

          Ontem primeiro ele, o frio veio ter comigo e sua visita me fez refletir. Há muito não pensava sobre os motivos que me levaram a morar na rua, sabe já tive família, um bom emprego, amigos. Você meu amigo, deve saber que a vida é uma montanha russa, uma hora lá em cima no topo do mundo e em outra no fundo do poço, um turbilhão de coisas, as dificuldades, os dissabores e você precisando de algo, algo que lhe dê a sensação de que pode mais, que é mais que os outros, primeiro a bebida o convívio com os outros, todos meus grandes amigos, tão grandes amigos que sempre ofereciam mais, mais e mais, todos se entendiam, todos sorriam, todos queriam mais, todos queríamos mais, todos e todas, sempre havia mais, mais um traguinho, mais um fuminho, mais uma pedrinha.

         Primeiro o emprego, aquele chato do chefe com aquele história de concentração, foco nos resultados, blá, blá, blá, aconselhou-me a procurar ajuda e tome blá, blá, blá. Numa  bela manhã o dedo em riste me indicando a direção da rua, raiva, ódio, como pode, quem eles pensam que são, naquele dia pela primeira vez levanto a mão para ela, perdi a conta quantas vezes isso aconteceu, chegava em casa com a cabeça zuretada e tabefe, antes de sair tabefe, tabefe, tabefe e tabefe, até que um dia acho a casa vazia, melhor assim.

          Agora nesta noite vazia, fria, com minha garrafa vazia, com minhas pedrinhas, meus trapos, tenho ele a me embalar, com seu toque gélido, seu hálito sussurrado em meu ouvido, tudo ficaria bem, ele estava ali para me embalar, para me preparar para ela que vinha também ter comigo, falou-me de outro lugar onde ficaria esperando por outras aventuras, meus dedos estão formigando, tento acender meu cachimbo mas meus dedos me faltam, o frio me envolve, sinto meu pé formigar de uma forma incomoda, ele o frio me acaricia, lentamente sinto uma zomzera diferente, o formigamento vai parando, ele se foi, já não o sinto mais.

          Lentamente abro os olhos e vislumbro ela, é alta e esguia, já não sinto medo, aparece que tudo ficou para trás, ela me oferece seu toque, é quente, reconfortante e inspira uma confiança que há muito não sentia, diz que ira me levar para uma outra aventura, para outro lugar, de relance olho para trás e vislumbro uma carcaça vazia envolta em trapos, olho para frente e sigo, sigo com ela, minha amiga.

sábado, 10 de agosto de 2013

Uma Tragédia Anunciada?

Foto Obtida no Facebook e divulgada pelo R7 acesso 08-08-13
http://noticias.r7.com/sao-paulo/fotos/policia-investiga-se-menino-de-13-anos-matou-a-familia-06082013#!/foto/1

          E se você entrasse em uma casa e se deparasse com três cadáveres,  na casa dos fundos mais dois, uma família. Um menino de 13 anos (Marcelo Pesseghini), sua mãe (Andréia Bovo Pesseghini cabo do 18º Batalhão da polícia militar), seu pai (Luís Marcelo Pesseghini sargento da Rota), sua avó, sua tia avó, e se o agente policial lhe dissesse  que o menino matou o pai com um tiro na cabeça enquanto dormia e isso acordou a mãe, que morreu ajoelhada talvez implorando pela vida, nesse momento o garoto vai até a casa dos fundos e também com tiros mata sua avó, mata sua tia avó, também com tiros na cabeça, também enquanto dormiam, depois disso tudo, imagino que tenha tomado banho, vai até o carro da família e dorme, acorda no dia seguinte e vai até a escola guiando o carro da família e assiste a aula normalmente, volta até sua casa e se mata. Essa é a versão da polícia até agora.

        O comandante do cabo Andréia (a mãe), Wagner Dimas coronel da polícia militar, disse à impressa que ela havia denunciado colegas de farda por estarem envolvidos com roubo de caixas eletrônicos, ele coronel disse não estar totalmente certo da versão do garoto ser o responsável pela morte da família. Segundo um amigo do garoto Marcelo Pesseghini, ele já o havia convidado para fugir de casa, queria ser matador de aluguel, mataria os pais e fugiria com o carro para viver em um lugar abandonado. Segundo o colégio Stella Rodrigues, Marcelo Pesseghini em sua última passagem pela escola no dia 05/08/2013, em seu último dia de vida, após ter matado sua família, antes de se matar (segundo a atual versão policial), se comportou normalmente não dando mostras de que algo fora do comum tivesse ocorrido, a escola ainda revela que seus pais sempre foram presentes e participativos nas atividades da vida escolar do seu filho.

          Essa notícia choca, nos mostra algo que gostaríamos de não ver, não ouvir, mas está lá na realidade e ignorar a realidade e fazer de conta que não existe, é dar margem para que ela se perpetue, se repita, devemos sim nos debruçar sobre ela, estudar o que levou um garoto a executar tal coisa (se é que a versão da polícia se confirme), e aprender, aprender o sinais que antecedem a tragédia e talvez quando esbarrarmos com uma outra possível tragédia evitá-la.

PS: As informações foram obtidas nos sites da R7 e do jornal Folha de São Paulo.’’



sábado, 3 de agosto de 2013

A menina que roubava livros

Capa do livro (Mariana Newlands)

Autor: Markus Zusak
Editora: Intrínseca

          O autor elegeu uma das personagens para ser o narrador da historia de uma garotinha orfã de pai e que a mãe sem condições financeiras para criar a filha se vê obrigada a dar sua filha Liesel para adoção, essa garotinha em momentos pontuais estabelece uma relação com livros, que para ela são tesouros que a ligam a sua realidade (ou a libertam) e ao momento que está vivendo, o prazer que ela sente com a aquisição do livro, a descoberta, a conquista da leitura.

         O pano de fundo é a Alemanha nazista da 2º guerra, o livro mostra de forma fantástica o que é viver num país nazista sem ser nazista (imagino a legião de pessoas que passaram por esta situação), as pressões de cunha ideológico e financeiro que a família que adota a pequena Liesel sofre. O ponto alto dessa situação é esconder um jovem judeu em seu porão, as dificuldades e a magia desse ato.

        E o que considero ser um dos pontos fortes desse livro, a escolha da personagem que narra a história, ninguém menos que a morte, que narra de forma distante (como era de se esperar da morte), participando em momentos pontuais, levando as almas que vão sendo ceifadas ao longo da história pela dura realidade de uma das guerras que mais marcara a raça humana.