Acordo no meio da noite, lentamente abre meus olhos e fito o teto, pensamentos conturbados vindos do cotidiano me assolam, o que fazer, para onde foi ele o sono, levanto, uma folha em branco, um lápis, a inspiração onde está?
Eu e o lápis iniciamos nosso trabalho, neste momento ele vem, vem como sempre vem, sem avisar, apenas vem, como sempre devagar me toma, como toma você, como toma ele, eles, elas, a todos, meus olhas vão lentamente se fechando, justo agora, agora que escrever ia, ele o sono me vem, chega e me leva ao mundo dos que acordados não estão.
Neste momento do lápis dois pequenos braços brotam, e esses dois pequenos membros começam seu esforço para de meus dedos se libertar, primeiro um braço, depois o outro, suas pequenas mãos se apoiam em meus dedos e empurram seu esguio corpo de lápis para cima, um, dois, de novo, de novo, força, força, força que forma toma até que se faz livre. Da folha dois olhos brotam, uma boca, quem diria o lápis olhos e boca também têm, e os dois iniciam algo sul real.
“- Ele dormiu.”
“- Sim, dormiu.”
Ambos piscam e seu trabalha inicio tem, a folha sobre a mesa, o lápis sobre a folha, escrevem, contam uma história de uma terra distante, mágica, falam do amor, das pessoas, da brisa soprando que leva os sonhos a experiências extraordinárias, levam suas personagens aos labirintos da vida...
Acordo com um leve incomodo no pescoço, abro meus olhos e fito a folha sobre a mesa, o lápis sobre a folha, imóvel como um lápis deve ser, pego a folha que preenchida está, leio, releio, gosto do que vejo, apesar de não me lembrar de ter escrito nada, talvez a sonolência inspiração me deu. Deixo a folha e lápis sobre a mesa e me dirijo para a cama, para meu sono terminar.
Primeiras publicações:
paulinoalexandre.spaceblog.com.br : 13/12/2012
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