Tão preso como o vento que não tem pra onde ir.
Tão preso como o rio que vira lago.
Tão preso como areia em ampulheta.
Hoje me sinto tão preso como ontem.
Quando abri a janela, tentei abrir e descobri.
Descobri que meu mundo cabe em quatro linhas.
Uma janela eu desenho em quatro linhas.
Uma muralha eu desenho em quatro linhas.
Uma TV em quatro linhas eu desenho.
E com ela mais preso me sentir irei.
Sem sorrir eu sigo.
Sem sentir não.
Sentir é meu respirar.
Sentir é a borracha para quatro linhas apagar.
Para TV deixar.
Para janela abrir.
Para muralha cair.
Para o vento ir.
Para o rio fluir.
Para areia cair.
E eu livre seguir.
Primeiras publicações:
paulinoalexandre.spaceblog.com.br : 08/10/2011
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